quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sinédoque, Nova York


Sinédoque, Nova York (Synecdoche, New York, EUA, 2008) – Nota 7,5
Direção – Charlie Kaufman
Elenco – Philip Seymour Hoffman, Samantha Morton, Michelle Williams, Catherine Keener, Hope Davis, Tom Noonan, Jennifer Jason Leigh, Emily Watson, Dianne Wiest, Sadie Goldstein.

O criativo roteirista Charlie Kaufman estreou na direção com este longa complicado, que somente poderia ter saído da mente do sujeito que escreveu “Quero Ser John Malkovich” e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”.

A história aqui se passa durante grande parte da vida do diretor teatral Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman arrebentando mais uma vez), começando quando sua esposa (Catherine Keener) o abandona e leva sua filha (Sadie Goldstein) para longe. Confuso com a situação, Caden se divide entre a caixa da bilheteria do teatro, Hazel (Samantha Morton) e a atriz principal de sua peça, Claire (Michelle Williams). 

Quando Caden ganha um prêmio pelo trabalho, resolve aplicar o dinheiro ganho para criar a montagem teatral definitiva, uma peça sobre sua vida. O problema é que o roteiro da peça é escrito dia após dia, citando tudo o que acontece em sua vida, com ensaios intermináveis e atores sendo contratados para interpretar pessoas que cercam Caden, sem que nunca a peça seja finalizada para apresentação. Esse processo levará anos, com os cenários cada vez maiores, criando uma réplica de Nova York. O resultado é um mundo onde realidade e encenação se misturam para contar a vida de Caden, que num certo momento ele próprio se confunde entre o real e o imaginário. 

É um filme para se prestar atenção nos pequenos detalhes e entender a jornada de um sujeito que pensou em encontrar a perfeição na sua vida através da peça de teatro, mas ficou preso a seus erros e acertos sem conseguir chegar no que procurava. 

A sequência final é magnífica e ao mesmo tempo triste e verdadeira.

2 comentários:

Fred Burle disse...

Bota detalhe nisso, Hugo! Eu assisti no cinema e perdi alguns detalhes, então fiquei sem entender algumas coisas. No dvd é melhor, pra voltar algums partes. Mas eu também gostei do filme. Charlie Kaufman é um maluco beleza.

Hugo disse...

Fred - Você tem razão, é um filme para ser visto em dvd, são muitos detalhes e personagens que é necessário muito atenção.

Abraço