terça-feira, 8 de março de 2011

Calendário da Morte & Te Amarei Até Te Matar


Nos anos oitenta o ator Kevin Kline ficou conhecido após trabalhos em bons filmes como "O Reencontro" e "Silverado", ficando famoso quando venceu o Oscar de Ator Coadjuvante pela comédia "Um Peixe Chamado Wanda", onde interpretava um personagem cínico e picareta. Provavelmente pelo sucesso do filme  e do papel, Kevin Kline acabou estrelando estes dois longas que cito nesta postagem e quebrou a cara. Os dois longas fracassaram merecidamente.

Calendário da Morte (The January Man, EUA, 1989) – Nota 6
Direção – Pat O’Connor
Elenco – Kevin Kline, Susan Sarandon, Mary Elizabeth Mastrantonio, Danny Aiello, Rod Steiger, Harvey Keitel, Alan Rickman, Faye Grant, Kenneth Welsh, Bill  Cobbs.

O bombeiro Nick Starkey (Kevin Kline) é chamado de volta para trabalhar na polícia pelo prefeito, com a missão de encontrar um serial killer que assassinou várias mulheres solteiras. O problema é que Nick se afastou da polícia após ser acusado de receber propina e seu retorno não é visto com bom olhos pelo capitão Alcoa (Danny Aiello) e pelo comissário Frank Starkey (Harvey Keitel) que é seu irmão. Nick é odiado pelo irmão também por ter ser aproximado da esposa do sujeito, sua cunhada Christine (Susan Sarandon). Os métodos não ortodoxos de Nick e a falta de respeito pelos oficiais, são outros detalhes que dificultarão sua volta à polícia. 

Esta mistura de comédia e policial, mesmo tendo o roteiro assinado por John Patrick Shanley, vencedor do Oscar dois anos antes por “Feitiço da Lua”, não se decide qual o caminho a seguir. Como comédia desperta poucas risadas e como policial lembra um episódio de série de tv. Uma pena, o resultado é o desperdício do bom elenco.


Te Amarei Até Te Matar (I Love You to Death, EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Lawrence Kasdan
Elenco – Kevin Kline, Tracey Ullman, Joan Plowright, River Phoenix, William Hurt, Keanu Reeves, Victoria Jackson, Phoebe Cates, James Gammon, Jack Kehler, Heather Graham.

Joey Boca (Kevin Kline) é um mulherengo dono de uma pizzaria e casado com Rosalie (Tracey Ullman), que confia cegamente no marido. Quando ela descobre que Joey tem caso com várias mulheres, Rosalie junto com sua mãe (Joan Plowright, impagável como uma megera) envenenam o sujeito que mesmo assim não morre. A dupla então pede ajuda a Devo (o falecido River Phoenix) que é apaixonado por Rosalie para terminar o serviço, o que ele acaba não tendo coragem. Como última solução, elas contratam uma dupla de assassinos (William Hurt e Keanu Reeves), que na verdade são dois hippies drogados que não sabem matar uma mosca. 

O roteiro é todo voltado para o humor negro, um dos gêneros mais complicados do cinema, onde qualquer erro pode deixar o resultado exagerado ou sem graça, o que infelizmente acontece aqui. A dupla Lawrence Kasdan e Kevin Kline já haviam trabalhados juntos com sucesso no drama “O Reencontro” e no western “Silverado”, porém aqui o resultado é equivocado. 

Mesmo com alguns bons personagens como a dupla de drogados e a velha senhora de Joan Plowright, a história não se sustenta e as risadas são poucas. A escolha da comediante Tracey Ullman para o papel da esposa de Kevin Kline foi baseada no sucesso da série de tv que ela estrelava na época e que os produtores acreditavam que seu público da tv ajudasse o longa fazer sucesso, o que não ocorreu.

2 comentários:

Clenio disse...

Assisti a "Te amarei até te matar" à época do lançamento em VHS e lembro que gostei bastante, mesmo porque sou fã de comédias de humor negro.

E "Calendário da morte" eu assisti no cinema, por acaso e não curti muito, não, mesmo tendo o elenco que tem.

Quanto a Kevin Kline, eu sou fã declarado. Infelizmente não teve mais oportunidades do nível de seu talento. Mesmo assim, acho seu trabalho em "Tempestade de gelo" digno de uma indicação ao Oscar, no mínimo.

Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

Hugo disse...

Clênio - Também gosto do trabalho de Kevin Kline, mas estes dois filmes específicos está aquém do seu talento.

Abraço