quinta-feira, 7 de julho de 2011

Se Nada Mais Der Certo


Se Nada Mais Der Certo (Brasil, 2008) – Nota 7,5
Direção – José Eduardo Belmonte
Elenco – Cauã Reymond, Caroline Abras, João Miguel, Luiza Mariani, Milhem Cortaz, Leandra Leal, Adriana Lodi, Murilo Grossi, Eucir de Souza, Marcos Cesana, Tainá Muller, Antônio Petrin.

O jornalista Léo (Cauã Reymond) está desempregado e sem dinheiro, morando em um apartamento no centro de SP onde abriga uma amiga viciada em drogas, Angela (Luiza Mariani) e seu filho pequeno, além de uma empregada (Adriana Lodi) a quem deve vários meses de salário. 

Numa noite, Léo sai à procura de sua amiga e num inferninho onde ela costuma comprar drogas, ele acaba fazendo amizade com Marcin (Caroline Abras), uma jovem traficante que se veste e age como garoto. Entre os dois nasce uma relação de amizade, que cresce quando Léo é apresentado ao taxista Wilson (João Miguel), um sujeito solitário com tendências suicídas. 

Estes personagens à beira da sociedade começam a praticar pequenos golpes, com se fosse uma resposta a condição social em que vivem, chegando próximo do que se poderia chamar de felicidade, até quando aceitam participar de um grande assalto com outros sujeitos, o que resultará em tragédia.

O diretor José Eduardo Belmonte é responsável por filmes experimentais como “Subterrâneos” e “A Concepção”, tendo aqui seu trabalho mais comercial, o que não é algo ruim, pelo contrário. O bom roteiro foca em personagens com atitudes marginais, como o travesti interpretado por Milhem Cortaz e o traficante de Murilo Grassi, porém o trio de protagonistas são pessoas que o destino empurrou para aquela situação e que não tiveram força para seguir o caminho correto, assim como a personagem drogada de Luiza Mariani. 

O trio principal também é responsável por boas interpretações, com a pequena Carolina Abras bem como a jovem com problemas de identidade, o competente João Miguel, além do surpreendente Cauã Reymond, a quem eu pensava ser apenas um galã de TV e sem nunca ter prestado atuação a seu trabalho, convence como o jornalista derrotado pela vida, que se envolve no crime para tentar se reerguer. 

2 comentários:

M. disse...

Ah esse nacional não assisti ainda! Mais um para o meu caderninho.

Hugo disse...

M - É um filme interessante que me surpreendeu.

Até mais