sábado, 24 de novembro de 2012

Líbano

Libano (Lebanon, Israel / França / Líbano / Alemanha, 2009) – Nota 8
Direção – Samuel Maoz
Elenco – Ioav Donat, Itay Tiran, Oshri Cohen, Michael Moshonov, Zohar Strauss.

Em junho de 1982, Israel invadiu o Líbano com o objetivo de expulsar os muçulmanos que estavam em guerra civil contra os católicos do país. 

O diretor israelense Samuel Maoz utiliza este cenário para mostrar a ação de quatro jovens soldados israelenses que no primeiro dia desta guerra recebem a missão de entrar no Líbano comandando um tanque e dando apoio para um grupo de soldados em terra. Os quatro jovens inexperientes imaginam que seria uma missão tranquila, porém logo são abordados por um oficial (Zohar Strauss) extremamente preocupado e não demora para descobrirem o inferno que terão de enfrentar. 

Este ótimo drama de guerra lembra “A Fera da Guerra” de Kevin Reynolds, longa sobre um grupo de soldados soviéticos no Afeganistão e o clássico “O Barco – Inferno no Mar” de Wolfgang Petersen, um claustrofóbico filme de guerra que se passa dentro de um submarino alemão durante a 2º Guerra Mundial. 

Aqui a  narrativa é tensa, principalmente nas discussões entre os jovens soldados, que além de inexperientes são totalmente inseguros, acentuada pela claustrofobia causada pelo pequeno espaço completamente sujo. 

A grande sacada do diretor foi mostrar a guerra pelo ponto de vista da mira do tanque. Os soldados dentro do tanque se deparam com o horror da guerra através algumas cenas extremamente fortes, como o desespero da mãe em busca da filha, o morte do motorista do caminhão das galinhas e a tocante sequência das lágrimas do burro. 

O roteiro apresenta ainda algumas situações sobre a questão política, citando a participação no conflito de sírios e das milícias árabes. 

Com pouco menos de uma hora e meia, este longa é uma pérola que mostra a estupidez da guerra.  

2 comentários:

renatocinema disse...

Adoro filmes de guerra que fogem do padrão: segunda guerra mundial.

A sinopse me agradou.

Hugo disse...

Renato - É um filme de guerra diferente, vale a sessão.

Abraço