sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Para Roma, com Amor

Para Roma, com Amor (To Rome, with Love, EUA / Espanha / Itália, 2012) – Nota 7
Direção – Woody Allen
Elenco – Woody Allen, Judy Davis, Roberto Benigni, Jesse Eisenberg, Ellen Page, Alison Pill, Flavio Parenti, Alessandro Tiberi, Alessandra Mastronardi, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Greta Gerwig, Fabio Armiliato.

Novamente tendo a Europa como palco, desta vez Woody Allen utiliza a beleza clássica de Roma para contar quatro histórias aleatórias que falam de amor, traição, desejo e celebridades misturando personagens americanos e italianos. 

A primeira trama apresenta um casal de americanos (Allen e Judy Davis) que viaja a Roma para conhecer o namorado da filha. Allen interpreta um produtor musical aposentado que por acaso ouve o sogro de sua filha cantando ópera no chuveiro e acredita que poderá transformar o sujeito em astro. O problema inusitado é que o homem somente consegue cantar tomando banho. 

A segunda história tem como protagonista Leopoldo (Roberto Benigni), um italiano burocrata que se torna celebridade, a princípio ficando assustado com a situação, mas que aos poucos passa a desfrutar da fama se entregando aos exageros das celebridades. 

A terceira trama segue o jovem Jack (Jesse Eisenberg) que mora com a namorada (Greta Gerwig) e estuda arquitetura. Quando ele encontra por acaso um famoso arquiteto americano (Alec Badwin), este passa a ser uma espécie de consciência sentimental do jovem ao dar opiniões cheias de sarcasmo sobre a chegada da complicada Monica (Ellen Page), um atriz desempregada que decide ficar alguns dias com o casal e por quem Jack se apaixona. 

A quarta história e mais fraca de todas tem um casal de jovens italianos (Alessandro Tiberi e Alessandra Mastronardi) que chegam a Roma após se casar com o objetivo de encontrarem os tios do jovem que lhe prometeram um emprego. Alguns desencontros fazem com que a moça se envolva com um ator canastrão e o jovem com uma prostituta (Penélope Cruz). 

As críticas não foram das melhores e realmente o filme é irregular, mas não deixará de agradar aos fãs de Allen. As quatro premissas são boas, mas nem todas se desenvolvem da melhor forma. 

Na minha opinião a melhor história é a primeira, principalmente quanto aos diálogos e as situações absurdas criadas pelo personagem de Allen para fazer o tenor cantar. 

A trama como Roberto Benigni é uma crítica a criação de celebridades, onde qualquer situação pode transformar um sujeito comum em astro e logo depois descartá-lo. Propositalmente o roteiro de Allen não dá explicação alguma para a situação, o que não deixa de estar perto da vida atual, onde qualquer um pode ter seus minutos de fama, mesmo que não tenha talento algum. 

A trama com Jesse Eisenberg é típica dos trabalhos de Allen, ao mostrar um sujeito comum que fica em dúvida entre a namorada leal e a aventura sexual, com o plus da pequena e ótima participação de Alec Baldwin. 

Como citei anteriormente, a fraca história do casal de italianos segue o estilo das comédias de costumes cheias de encontros e desencontros, porém falta carisma a dupla de atores, que são engolidos pela beleza selvagem de Penélope Cruz. 

Numa análise simples, o resultado pode ser considerando como quatro curtas que se transformaram num longa irregular.
      

5 comentários:

renatocinema disse...

Eu, que nem fã do diretor sou, só posso dizer que depois de Meia Noite em Paris (que amei), W. Allen não conseguirá repetir o sucesso. Nem em oito histórias no mesmo filme. kkk

Abraços

Alan Raspante disse...

Eu quero ver por conta de ser um filme do Woody mesmo... Estou curioso, mas nem tanto, enfim, vejo em breve!

Hugo disse...

Renato - Realmente fica complicado comparar, "Meia Noite m Paris" é o grande filme de Allen dos últimos anos.

Alan - É irregular mas merece ser visto.

Abraço

Sarah disse...

Ainda não vi o filme... Sinceramente o trailer não me chamou muito, mesmo sendo realizado por Woody Allen. Achei Meia-Noite em Paris mais chamativo. Mas pode ser que ainda vá conferir...

Sarah
http://depoisdocinema.blogspot.pt

Hugo disse...

Sarah - Realmente o filme é inferior a "Meia-Noite em Paris", principalmente pelas histórias serem irregulares.

Até mais