quarta-feira, 3 de abril de 2013

Invasão de Domicílio

Invasão de Domicílio (Breaking and Entering, EUA / Inglaterra, 2006) – Nota 7
Direção – Anthony Minghella
Elenco – Jude Law, Juliette Binoche, Robin Wright Penm, Martin Freeman, Ray Winstone, Vera Farmiga, Rafi Gavron, Juliet Stevenson.

O arquiteto inglês Will (Jud Law) e sua esposa sueca Liv (Robin Wright Penn) passam por uma séria crise no casamento, em parte pela filha adolescente que é hiperativa, o que desencadeou um problema de depressão na mãe e por outro lado pelo trabalho de Will, que junto com um sócio (Martin Freeman), está desenvolvendo um enorme projeto de revitalização de uma bairro violento de Londres, onde eles também montaram um enorme escritório. 

Um grupo de ladrões bósnios vê no novo escritório a chance de lucrar roubando os equipamentos, para isso utilizando dois adolescentes especialistas em escalar prédios e muros. Após roubarem o local, um dos garotos (Rafi Gavron) fica interessado no trabalho dos arquitetos e decide voltar, porém acaba sendo visto e perseguido por Will. O garoto acredita ter despistado Will, mas não percebe que o sujeito descobriu sua residência. Will fica curioso ao ver a forma amorosa com que o garoto é recebido pela mãe, a refugiada bósnio Amira (Juliette Binoche) e decide descobrir quem são aquelas pessoas, fato que dará início a um confuso despertar de sentimentos e frustrações. 

Este longa foi o último trabalho do falecido diretor Anthony Minghella (vencedor do Oscar com “O Paciente Inglês), que procurou misturar drama familiar com a questão dos imigrantes refugiados, todos unidos pela solidão numa grande metrópole. 

O personagem de Jude Law tem sucesso na vida profissional, porém a crise no casamento o faz duvidar se ainda ama a esposa, enquanto a personagem de Robin Wright Penn fica perdida entre a filha problemática e a frustração no casamento. O terceiro elo da trama tem a ótima Juliette Binoche, que faz uma mulher sofrida disposta a tudo para ajudar o filho delinquente. 

O filme peca apenas pela frieza da narrativa em alguns momentos e o desperdício de bons coadjuvantes que são deixados de lado na trama, como o policial de Ray Winstone e a prostituta do leste europeu vivida por Vera Farmiga. 

No geral é um bom drama urbano com um tema atual.   

Nenhum comentário: