Dezessete anos separam estas duas produções com premissas semelhantes. Os dois filmes tem como ponto principal mostrar a corrupção política na prefeitura de Nova York, sem contar os elencos recheados de atores famosos.
Linha de Ação (Broken City, EUA, 2013) – Nota 7
Direção –
Allen Hughes
Elenco –
Mark Wahlberg, Russell Crowe, Catherine Zeta Jones, Jeffrey Wright, Barry
Pepper, Alona Tal, Natalie Martinez, Michael Beach, Kyle Chandler, James
Ransone, Griffin Dunne.
O filme começa com o policial Billy Taggart (Mark Whalberg) sendo
julgado por ter matado um estuprador durante uma investigação. Taggart é
absolvido, porém uma nova prova que poderia condená-lo é jogada para debaixo do
tapete pelo prefeito Hostetler (Russell Crowe), que não deseja um escândalo próximo
das eleições. Como conseqüência, Taggart é obrigado a pedir demissão
pressionado pelo chefe de polícia (Jeffry Wright) e pelo próprio prefeito que diz
que não esquecerá de sua ajuda. Sete anos depois, Taggart trabalha como
investigador particular e para sua surpresa é chamado pelo prefeito para
investigar sua esposa (Catherine Zeta Jones), que o estaria traindo. Taggart
aceita o trabalho e não imagina que está se metendo numa trama repleta de
sujeiras, que tem ligação com as novas eleições e com a venda milionária de um
conjunto habitacional.
Este primeiro filme do diretor Allen Hughes sem dividir
os créditos com o irmão gêmeo Albert, peca pelo roteiro excessivamente didático
que amarra a trama de forma certinha demais, com algumas reviravoltas que o cinéfilo
mais experiente descobrirá bem antes do final. O filme ganha pontos pela ousadia
de mostrar todos os personagens envolvidos de uma forma ou de outra na
corrupção, não existe mocinho, até mesmo o personagem de Wahlberg tem contas a
acertar com a justiça e com a verdade. Outro ponto positivo e atual é a criação
da disputa eleitoral entre o velho político corrupto vivido por Russell Crowe
que defende o interesse dos poderosos e o jovem liberal interpretado por Barry
Pepper, que tenta defender os direitos do povo e das minorias, mas que também
seus segredos. O “Broken City” do título pode significar uma cidade falida
por conta da falta de dinheiro ou ainda um local tomado pela corrupção.
City Hall – Conspiração no Alto Escalão (City Hall, EUA, 1996) – Nota 6,5
Direção– Harold Becker
Elenco – Al Pacino, John Cusack, Danny Aiello, Bridget Fonda, Martin Landau, David
Paymer, Tony Franciosa, Richard Schiff, Lauren Velez, Lindsay Duncan, Nestor
Serrano.
Numa troca de tiros entre um detetive e um
traficante, os dois acabam mortos e uma bala perdida atinge um garoto negro de
seis anos que também morre no local. O prefeito John Pappas (Al Pacino) é uma
velha raposa da política que pressiona para que o caso seja encerrado rapidamente.
Enquanto isso, o jovem vice-prefeito Kevin Calhoun (John Cusack) decide se
aprofundar no caso e acaba descobrindo que o traficante morto havia sido
condenado a dez anos de cadeia, mas recebeu uma estranha anistia. Para piorar a
situação, Calhoun descobre também que o sujeito era filho de um chefão mafioso
(Danny Aiello) e que este pode ter alguma ligação com o prefeito.
A trama
totalmente política se perde no excesso de diálogos e detalhes, desperdiçando a
boa premissa. A culpa principal é do confuso roteiro que consta assinado por
quatro roteiristas, sendo três deles de renome (Paul Schrader, Nicholas Pileggi
e Bo Goldman), o que deixa claro que a trama deve ter sido reescrita algumas
vezes, o que normalmente resulta em um filme confuso. Al Pacino está competente
como velho político corrupto, enquanto Cusack tem uma das interpretações mais
fracas da carreira. É uma pena, tanto pela história como pelo elenco, o filme
tinha tudo para ser bem melhor.
2 comentários:
Broken City eu quero ver já tem um tempo!
Alan - O filme ficou abaixo da expectativa.
Abraço
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