sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Terra do Sol

A Terra do Sol (Sunshine State, EUA, 2002) – Nota 7,5
Direção – John Sayles
Elenco – Angela Bassett, Edie Falco, Timothy Hutton, James McDaniel, Gordon Clapp, Mary Steenburgen, Miguel Ferrer, Bill Cobbs, Mary Alice, Alan King, Clifton James, Tom Wright, Sam McMurray, Ralph Waite, Richard Edson, Jane Alexander, Charlayne Woodard.

Uma pequena comunidade da Flórida se torna alvo de uma grande construtora que pretendo investir no local. Para analisar a região é enviado o arquiteto Jack (Timothy Hutton), o que a principio deixa alguns moradores apreensivos, enquanto outros vêem o fato como uma chance de mudar de vida. 

A principal interessada em vender suas propriedades é Marly (Edie Falco), que auxilia o pai (Ralph Waite) num misto de motel e restaurante, mas sonha em deixar a cidade para começar uma nova vida. Por outro lado, a idosa Eunice (Mary Alice) não imagina sair da casa que conseguiu com muito custo, ao mesmo tempo que terá de lidar com o passado com a visita da filha Desiree (Angela Bassett) e do marido Reggie (James McDaniel). Desiree nunca se entendeu com a mãe, abandonou a cidade e conseguiu se tornar uma atriz famosa. Sua visita reabre a conflituosa relação com a mãe. 

O diretor e roteirista John Sayles é quase um desconhecido para o cinéfilo comum, porém ele construiu uma sólida carreira no cinema independente desde os anos oitenta. Gosto muito do trabalho do diretor e entre os vários bons filmes, destaco duas obras marcantes que tem como pontos principais a injustiça e a desonestidade. São eles os imperdíveis dramas “Fora da Jogada” e “Matewan – A Luta Final”. 

Neste “A Terra do Sol”, o roteiro de Sayles se divide entre personagens frustrados e a especulação imobiliária, criando um conflito entre o velho e o novo. O filme mostra que as pessoas que saíram da pequena comunidade prosperaram, enquanto as que ficaram continuaram levando um vida simples, com a chegada da construtora sendo uma espécie de empurrão na vida destas pessoas, tanto para o bem para aqueles que querem mudanças, como para o mal para os que se sentem ameaçados. 

Outro ponto comum a maioria dos filmes de Sayles são os vários personagens que parecem pessoas reais, sempre envolvidas em pequenas situações. 

Mesmo não sendo o melhor trabalho de Sayles, vale a sessão pelos bons personagens e a história muito próxima da realidade.   

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