sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Última Sessão de Cinema

A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show, EUA, 1971) – Nota 8
Direção – Peter Bogdanovich
Elenco – Timothy Bottoms, Jeff Bridges, Ben Johnson, Cloris Leachman, Ellen Bustyn, Cybill Shepherd, Eileen  Brennan, Clu Gulager, Sam Bottoms, Randy Quaid.

No início dos anos cinquenta, na pequena e decadente cidade de Anarene no Texas, os jovens amigos Duane (Jeff Bridges) e Sonny (Timothy Bottoms) passam o tempo entre namorar e assistir filmes no cinema local que pertence a Sam “O Leão” (Ben Johnson). Em meio aos dias de tédio, Duane namora Jacy (Cybill Shepherd), uma jovem rica que tem planos diferentes do que ficar com o pobretão Duane. Enquanto isso, Sonny se envolve com uma mulher mais velha, a frustrada Ruth (Cloris Leachman), esposa do professor de educação física do colégio. 

Filmado em preto e branco, com um ritmo lento e um roteiro ousado para época, que apresenta cenas de sexo, além de diálogos e situações polêmicas, este longa transformou o então jovem Peter Bogdanovich em queridinho da crítica. Até então Bogdanovich havia comandado apenas dois filmes produzidos pelo mestre do baixo orçamento Roger Corman. 

Em seguida, o diretor engatou sucessos como “Essa Pequena é uma Parada”, “Lua de Papel” e “No Mundo do Cinema”, todos em parceira com o então astro Ryan O’Neill. O talento mostrado nestes trabalhos se perdeu no início nos anos oitenta em meio a crises pessoais, principalmente o assassinato da atriz e sua amante Dorothy Stratten durante as filmagens de “Muito Riso e Muita Alegria”. A partir daí o único trabalho do diretor digno de nota é o drama “Marcas do Destino” de 1985. Bogadnovich atualmente é um conceituado crítico de cinema e documentarista, além de ter tido um pequeno papel de psiquiatra no seriado “A Família Soprano”. 

Vale destacar ainda o ótimo elenco que misturava jovens promissores como Jeff Bridfes, os irmãos Bottoms e Randy Quaid, com veteranos como Ben Johnson e Cloris Leachman. Por sinal, os irmãos Timothy e Sam Bottoms (este já falecido) acabaram se perdendo na carreira. 

O resultado é um belo drama que marcou época e ainda rendeu uma continuação em 1990 chamada “Texasville”, que trazia o mesmo diretor e parte do elenco, inclusive Jeff Bridges e Cybill Shepherd. Não vi esta sequência, filme hoje quase esquecido.

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