terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Bombas - Filmes de Ficção B - Parte III

Quando era mais jovem e tinha mais tempo, eu arriscava assistir todo tipo de filme, inclusive tranqueiras que passavam na tv aberta. Deste período registrei muitas bombas que comentei em postagens anteriores.

Seguindo a lista de filmes que ruins que assisti, escrevo sobre mais cinco longas de ficção que estão merecidamente perdidos no limbo da história do cinema.

Baby, o Segredo da Lenda Perdida (Baby: Secret of the Lost Legend, EUA, 1985) – Nota 4
Direção – Bill L. Norton
Elenco – William Katt, Sean Young, Patrick McGoohan, Hugh Quarshie.

Um casal de paleontólogos (William Katt e Sean Young) descobre na África um bebê brontossauro e sua mãe. O casal cria um laço com os animais e entra em conflito com um caçador (Patrick McGoohan) que deseja lucrar com a descoberta. Esta produção dos estúdios Disney tenta passar uma mensagem sobre ecologia e família, porém o roteiro raso e os efeitos especiais que chegam a ser risíveis, transformam o filme numa verdadeira bomba. Como curiosidade, na época a bela Sean Young era uma estrela em ascensão após seu papel em “Blade Runner” e o loirinho William Katt tinha alguma fama pelo seriado “Super Herói Americano”. Sean Young ainda teve alguns bons papéis, enquanto William Katt se tornou um mero coadjuvante em seriados e filmes B.

Controle Remoto (Remot Control, EUA, 1988) – Nota 5,5
Direção – Jeff Lieberman
Elenco – Kevin Dillon, Deborah Goodrich, Christopher Wynne, Jennifer Tilly, Bert Remsen.

Cosmo (Kevin Dillon) é o atendente de uma locadora de vídeo que descobre por acaso uma conspiração alienígena. Quando uma pessoa assiste a um filme em VHS chamado “Controle Remoto”, ela se torna violenta e mata quem estiver próximo. Cosmo e sua amiga Belinda (Deborah Goodrich) tentam a todo custo recolher as fitas do filme para acabar com a conspiração. Lançado no mesmo ano em que o mestre John Carpenter fez o ótimo “Eles Vivem”, que também tinha como premissa uma invasão alienígena, este filme perde na comparação pela falta de talento do diretor Jeff Lieberman, mas vale a sessão por brincar com a história do “filme dentro do filme”. A fita que hipnotiza as pessoas é uma ficção em preto e branco estilo anos cinqüenta, enquanto o próprio longa também é uma homenagem aos clássicos da ficção B, inclusive com um casal de protagonistas totalmente canastrão, fato comum no gênero.

Projeto Solo (Solo, EUA / México, 1996) – Nota 4
Direção – Norberto Barba
Elenco – Mario Van Peebles, William Sadler, Barry Corbin, Jaime Gomez, Demian Bichir, Adrien Brody.

Solo (Mario Van Peebles) é um androide construído por militares com o objetivo de derrotar um grupo rebelde que luta contra um governo corrupto em um país qualquer da América Latina. Programado para seguir ordens, Solo aos poucos desenvolve um sentimento pela população que seria seu alvo e acaba se voltando contra o próprio exército. Este longa é uma produção B com uma trama vagabunda e um roteiro que recicla ideias de filmes como “Robocop” e “Comando Para Matar” numa mistura indigesta. Na época, o também diretor Mario Van Peebles tentava se firmar como protagonista, porém suas escolhas foram ruins e sua carreira não decolou. 

DNA – Caça ao Predador (DNA, EUA / Filipinas, 1997) – Nota 3
Direção – William Mesa
Elenco – Mark Dacascos, Jurgen Prochnow, Robin McKee, Roger Aaron Brown.

Durante uma escavação nas selvas de Bornéu, o dr. Wessinger (Jurgen Prochnow) encontra o esqueleto de uma estranha criatura. Com ajuda do dr. Mattley (Mark Dacascos), Wessinger consegue uma amostra de DNA e desaparece levando as pesquisas do amigo. Dois anos depois, a agente da CIA Claire Sommer (Robin McKee) procura o dr. Mattley pedindo ajuda para encontrar Wessinger, que teria utilizado o DNA para criar uma espécie de soldado assassino. Esta produção precária com uma trama absurda filmada nas Filipinas foi lançada diretamente em vídeo na época. O alemão Jurgen Prochnow já teve momentos melhores no cinema e mais inacreditável ainda é ver o canastrão Mark Dacascos, ator especializado em lutas, interpretando um cientista.
 
Godzilla 2000 (Gojira ni-sen mireniamu, Japão, 1999) – Nota 5,5
Direção – Takao Okawara
Elenco – Takemiro Murata, Hiroshi Abe, Naomi Nishida, Takeo Nakahara.

Produzido como uma resposta japonesa ao “Godzilla” dirigido por Roland Emmerich no ano anterior, esta nova versão agradará as fãs do estilo japonês do gênero. Godzilla surge como uma ameaça vinda do mar, porém se torna uma espécie de aliado do governo ao enfrentar uma criatura chamada Orga que chegou na Terra dentro de um disco voador. A história absurda não deve ser levada a sério, o que vale são as lutas entre os monstros criados em miniatura, estilo clássico dos antigos seriados japoneses.

4 comentários:

Maxwell Soares disse...

Grande Hugo! Fantástica estas dicas, rapaz. Vou fazer uma geral, aqui, no seu blogger. Há tempos que não vinha aqui. Vejo que tens muita coisa produzida. um abraço...

Gilberto Carlos disse...

Só não concordo que Baby - O segredo da lenda perdida seja uma bomba. Quando assisti na Sessão da tarde há décadas atrás (risos), achei tão gracioso.

Gustavo disse...

Gostava bastante de BABY quando era criança. Uma alternativa pueril mas ainda assim encantadora a Jurassic Park. Mas não nego que é tosco.

Hugo disse...

Maxwell - Estou sempre postando sobre todo tipo de filme.

Gilberto e Gustavo - Baby é o tipo de filme que ficou na memória afetiva de muita gente, mesmo sendo bem fraquinho.

Abraço