quinta-feira, 20 de março de 2014

Até o Fim

Até o Fim (All Is Lost, EUA, 2013) – Nota 5
Direção – J. C. Chandor
Elenco – Robert Redford

O longa começa com a narração de uma carta ou bilhete, onde um homem pede desculpas pelos erros e diz que “ferrou tudo”, entre outras lamentações. 

Em seguida a trama volta oito dias e mostra um veleiro enchendo de água e o homem (Robert Redford), que viaja sozinho no meio do oceano, descobre que bateu em um contêiner e este furou seu barco. Como o rádio foi danificado pela água, a princípio o objetivo do sujeito é tentar contato com alguém, depois passa a ser conseguir se manter no veleiro sem afundar e no terceiro ato sobreviver no bote inflável. 

Por mais que parte da crítica tenha gostado do filme e encontrado explicações quase filosóficas sobre a luta do homem contra a natureza pela sobrevivência, aqui contra o imprevisível mar aberto, além da reflexão sobre a vida e a morte, na verdade o resultado é chato e cansativo. 

Mesmo com poucos diálogos (aqui praticamente nenhum) e apenas um personagem, é possível prender a atenção do espectador, lembre de “O Náufrago” por exemplo, mas aqui com exceção da sequência da tempestade, o restante do longa parece uma espécie de manual de sobrevivência em alto mar, que daria mais resultado como um documentário da Nat Geo. 

O veterano Robert Redford mostra boa forma em algumas sequências, mas é pouco para salvar o filme. 

O diretor J. C. Chandor, que escreveu também a história, foi muito mais feliz no incisivo “Margin Call – O Dia Antes do Fim”.

4 comentários:

Gustavo disse...

Justamente por ser, realmente, apenas o registro de um homem lutando pela sobrevivência no mar, achei-o interessante, mais do que Náufrago (embora muito menos espetacular).
Por outro lado, é difícil negar que é um filme difícil. O material de divulgação - em especial os cartazes - parecia vendê-lo como uma aventura.

Hugo disse...

Gustavo - Realmente os cartazes passam a impressão de ser uma aventura, mas como li sobre o filme na net percebi que se tratava de algo diferente e fiquei interessado.

Gostei de filmes diferentes, que desafiam o cinema comum, mas infelizmente não entrei no clima desta história.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Não cheguei a achar o filme ruim, mas também não endosso a euforia de alguns críticos em relação ao filme. Tem coisas interessantes nesse registro, mas outras são forçadas e não nos envolvem completamente, apesar da curiosidade. Fora que o homem é o azarado em pessoa, né? Tudo acontece com ele. Até o peixe que pesca o tubarão come. rs.

bjs

Hugo disse...

Amanda - O personagem é muito azarado realmente, desde o início.

Bjos