sábado, 12 de abril de 2014

Caminhos da Violência & Os Donos do Amanhã


Caminhos da Violência (Dudes, EUA, 1987) – Nota 6
Direção – Penelope Spheeris
Elenco – Jon Cryer, Daniel Roebuck, Flea, Lee Ving, Catherine Mary Stewart.

Grant (Jon Cryer), Biscuit (Daniel Roebuck) e Milo (Flea) são punks que estão cansados das dificuldades em viver em Nova York e que decidem atravessar o país num velho fusca para chegarem em Los Angeles. No meio do caminho, em pleno oeste americano, os amigos entram em conflito com um grupo de caipiras que odeiam punks. A confusão termina com o assassinato de Milo. Os dois amigos que sobreviveram decidem procurar vingança como se estivessem no velho oeste, caçando os assassinos um a um. 

A diretora Penelop Spheeris começou a carreira com o documentário “O Declínio da Civilização Ocidental”, que mostrava a cena punk nos Estados Unidos nos anos oitenta, movimento que ela mesma fazia parte. Seus filmes seguintes continuaram a mostrar o submundo, seja novamente do mundo punk em “Suburbia” ou da violência juvenil em “Jovens Assassinos”. 

Este “Caminhos da Violência” mistura os dois temas, colocando como protagonistas dois jovens punks sem perspectiva de vida, que enfrentam o preconceito por serem diferentes e que após se tornarem vítimas de um ato de violência, despejam toda a sua revolta contra o mundo também através da violência, como sendo o último recurso de defesa. 

Analisando hoje, o elenco é extremamente curioso. O comediante Jon Cryer, marcado pela série “Two and Half Man”, era um astro adolescente nos anos oitenta, tendo feito até par com Demi Moore na comédia romântica “Um Caso Muito Sério”. O gordinho Daniel Roebuck é conhecido hoje por pequenas participações em séries como “Lost” e “The Walking Dead”. O terceiro amigo que aparece apenas no início do filme, é interpretado pelo estranho Flea, baixista da banda “Red Hot Chilli Peppers”. 

Longe de ser um grande filme, vale como curiosidade sobre uma época em que jovens revoltados e sofridos abraçavam o Movimento Punk como uma forma de enfrentar o sistema.

Os Donos do Amanhã (Class of 1984, Canadá, 1982) – Nota 6,5
Direção – Mark L. Lester
Elenco – Perry King, Merrie Lynn Ross, Timothy Van Patten, Roddy McDowall, Michael J. Fox, Stefan Arngrim, Lisa Langlois.

O professor de música Andrew Norris (Perry King) começa a dar aulas numa violenta escola pública. Não demora para entrar em conflito com o jovem Peter (Timothy Van Patten), líder de uma gangue que trafica drogas no colégio e aterroriza os demais alunos. O que inicia como uma discussão escolar comum, se torna um violento conflito entre o obsessivo professor e o jovem que age como um psicopata. 

Diferente dos filmes que geralmente colocam um professor idealista como protagonista e no final o sujeito consegue transformar os rebeldes em jovens responsáveis, aqui a trama é completamente o contrário, mesmo com o professor tendo vários alunos ao seu lado, o conflito com os rebeldes se torna extremamente violento. Esta violência que deve ter chocado na época, hoje infelizmente faz com que o tema do filme seja atual, já que diariamente vemos notícias de violência dentro das escolas. 

O protagonista Perry King fez praticamente toda sua carreira na tv, enquanto a curiosidade fica para a carreira do ator Timothy Van Patten. O jovem com jeito de galã que aqui interpreta o vilão, não conseguiu se firmar como ator e abraçou a carreira de diretor. Hoje Van Patten é reconhecido por ter comandado diversos episódios de séries como “The Sopranos” e Boardwalk Empire”. Finalizando, o longa ainda tem um adolescente Michael J. Fox como um aluno perseguido pela gangue.  

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