sexta-feira, 8 de maio de 2015

Adaptações de Quadrinhos e Super Heróis - Anos Oitenta

Antes dos filmes baseados em histórias quadrinhos e super heróis se tornarem blockbusters de sucesso a partir do início do século, várias produções do gênero fracassaram nos anos oitenta e noventa. 

Nesta postagem comento alguns destes filmes produzidos nos anos oitenta.

Popeye (Popeye, EUA, 1980) – Nota 4
Direção – Robert Altman
Elenco – Robin Williams, Shelley Duval, Ray Walston, Paul L. Smith, Paul Dooley, Richard Libertini, Donald Moffat, Bill Irwin.

Uma adaptação musical de Popeye com Robert Altman na direção. Alguém acreditaria que uma loucura destas poderia dar certo? Apenas os produtores, que quebraram a cara nas bilheterias. É um filme extremamente chato, que tem como destaque apenas as caracterizações dos personagens. Popeye (Robin Williams), Olivia Palito (Shelley Duvall), Vovô Popeye (Ray Walston), Dudu (Paul Dooley) e Brutus (Paul L. Smith) estão perfeitos, pena que o restante do filme não ajude.

Condorman – O Homem Pássaro (Condorman, Inglaterra, 1981) – Nota 6
Direção – Charles Jarrott
Elenco – Michael Crawford, Oliver Reed, Barbara Carrera, James Hampton, Dana Elcar.

Praticamente esquecida, esta simpática comédia é uma divertida sessão da tarde. O cartunista Woody (Michael Crawford) é convidado para ajudar um amigo (James Hampton), que é agente de CIA, em uma missão simples. Woody acaba envolvido com uma bela espiã russa (Barbara Carrera) que deseja desertar, mas ao mesmo tempo precisará enfrentar o vilão Krokov (Oliver Reed). Woody acaba utilizando os recursos da CIA para criar a “armadura” do Condorman, um herói que ele mesmo inventou para os quadrinhos e que resolve transformá-lo em realidade. O longa tem bastante humor e boas cenas de ação inofensivas. 

Supergirl (Supergirl, EUA, 2004) – Nota 4
Direção – Jeannot Szwarc
Elenco – Helen Slater, Faye Dunaway, Peter O’Toole, Brenda Vaccaro, Mia Farrow, Hart Bochner.

No planeta Kyrpton, a jovem Kara El (Helen Slater) decide brincar com um artefato que é a fonte de energia de seu planeta e que está sobre os cuidados de um cientista (Peter O’Tolle). Por engano, ela ativa o artefato e este é enviado para Terra. Desesperada, ela toma o lugar do cientista em uma nave e segue para nossa planeta em busca do objeto. O artefato cai nas mãos de Selena (Faye Dunaway), que ao perceber os poderes que ganhou, vê a chance de conquistar o que quiser, inclusive o amor de um jovem (Hart Bochner). O sucesso de “Superman” gerou este longa protagonizado pela prima do herói, que resulta numa obra caça-níquel, com efeitos especiais de segunda e um péssimo roteiro. Nem mesmo nomes de peso como Faye Dunaway e Peter O’Toole conseguem salvar o filme. Como curiosidade, Helen Slater é irmã de Christian Slater e por algum tempo foi a mais famosa da família.

Guerreiros de Fogo (Red Sonja, Holanda / EUA, 1985) – Nota 5,5
Direção – Richard Fleischer
Elenco – Arnold Schwarzenegger, Brigitte Nielsen, Sandahl Bergman, Paul Smith, Ernie Reyes Jr, Ronald Lacey.

Com o sucesso de ”Conan – O Bárbaro” e “Conan – O Destruidor”, o diretor Richard Fleischer, que havia dirigido o segundo filme citado, embarcou nesta outra adaptação dos quadrinhos de Robert E. Howard, criador de Conan. O trama tem como protagonista Sonja (Brigitte Nielsen), que teve os pais assassinados pela maligna rainha Gedren (a sinistra Sandahl Bergman). A rainha possui um amuleto que lhe dá poderes para dominar seus seguidores. Com o objetivo de vingar a morte dos pais, Sonja se une ao solitário Kalidor (Arnold Schwarzenegger). Não chega a ser uma bomba, tem Schwarzenegger no início da fama, algumas boas cenas de ação e bastante violência, mas o roteiro não é grande coisa, além de ter a péssima Brigitte Nielsen como coprotagonista. 

Howard – O Super Herói (Howard the Duck, EUA, 1986) – Nota 4
Direção – Willard Huyck
Elenco – Lea Thompson, Jeffrey Jones, Tim Robbins, Paul Guilfoyle.

Willard Huyck era um dos parceiros de George Lucas na Lucas Film e por este motivo teve a chance de comandar esta produção que naufragou feio nas bilheterias. A história tem como protagonista o Pato Howard, que foi puxado para Terra acidentalmente por conta de uma raio disparado por uma máquina experimental. O raio trouxe também um outro ser que deseja destruir a Terra. Antes do confronto final, Howard faz amizade com dois jovens (Lea Thompson e Tim Robbins) e se mostra um sujeito folgado que adora bebidas e cigarros. Por mais que o cinema seja imaginação, seria muito difícil fazer sucesso com um pato alienígena como herói. A parte inicial tem alguns diálogos engraçados, enquanto a meia-hora final é uma explosão maluca de efeitos especiais e nada mais. Dois anos antes, Willard Huyck havia comandado outro grande fracasso, a comédia “A Melhor Defesa É o Ataque”, com Eddie Murphy e Dudley Moore, que eram grandes astros na época. Depois destas duas bombas, Huyck jamais voltou a dirigir.

Mestres do Universo (Masters of the Universe, 1987) – Nota 5,5
Direção – Gary Goddard
Elenco – Dolph Lundgreen, Frank Langella, Meg Foster, Billy Barty, Courteney Cox, Jon Cypher, Chelsea Field, Robert Duncan McNeill, James Tolkan.

A animação “Masters of the Universe” com o herói He-Man foi um dos grandes sucessos dos anos oitenta e com certeza merecia uma adaptação melhor do que esta produção tosca bancada pela Cannon de Menahem Golan e Yoram Globus. O filme começa com Esqueleto (Frank Langella se divertindo no papel) invadindo o Castelo de Grayskull e mantendo a Feiticeira como refém. Seu desejo é conseguir a chave cósmica, artefato que pode abrir uma fenda para viajar no tempo. Durante a batalha no castelo, He-Man (Dolph Lundgreen) e seus amigos são enviados para Terra levando a chave. Para recuperar o objeto, Esqueleto e seus comparsas seguem os heróis para a batalha em nosso planeta. Quase todo o filme se passa na Terra, não por ser a melhor a escolha do roteiro, mas para diminuir os gastos da produção, pois a Cannon havia torrado muito dinheiro em filmes que fracassaram nas bilheterias, como “Força Sinistra” e “Superman IV: Em Busca da Paz”. O resultado foi outro grande fracasso.

Brenda Starr (Brenda Starr, EUA, 1989) – Nota 3
Direção – Robert Ellis Miller
Elenco – Brooke Shields, Timothy Dalton, Tony Peck, Diana Scarwid, Jeffrey Tambor, Charles Durning, Henry Gibson, Eddie Albert.

Tosco é a palavra para descrever este péssimo filme. A trama é ridícula. Brenda Starr (Brooke Shields) é uma personagem de histórias em quadrinhos que trabalha como repórter. Cansada de ser criticada pelo seu criador (Tony Peck), ela se revolta e obriga o sujeito a inserir ele mesmo nos quadrinhos. A partir daí, dentro dos quadrinhos, Brenda e o cartunista seguem para a Floresta Amazônia à procura de um cientista (Henry Gibson) que está desenvolvendo um novo tipo de gás sem poluentes. Como uma narrativa lenta, uma Amazônia caricata e personagens ruins, inclusive o então 007 Timothy Dalton usando uma tapa-olho, o longa fracassou merecidamente.  

2 comentários:

Pedrita disse...

hj é uma disputa pelas histórias. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Hoje se transformou em um gênero lucrativo.

Bjos