quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sonhos à Deriva

Sonhos à Deriva (Rudderless, EUA, 2014) – Nota 7,5
Direção – William H. Macy
Elenco – Billy Crudup, Anton Yelchin, Felicity Huffman, William H. Macy, Selena Gomez, Laurence Fishburne, Miles Heizer.

O publicitário Sam (Billy Crudup) espera o filho Josh (Miles Heizer) em um bar para comemorar um novo contrato que fechou no trabalho, quando vê pela televisão a notícia de que um atirador fez várias vítimas na universidade onde o jovem estuda. Separado da esposa (Felicity Huffman), Sam perde totalmente o rumo com a morte do filho. 

A história pula dois anos a frente. Agora Sam mora em um barco e trabalha como pintor em um bairro de subúrbio. Quando a ex-esposa, que está de mudança, lhe entrega as coisas do filho, Sam descobre vários CDs em que o jovem cantava músicas de sua própria autoria. Pouco tempo depois, Sam vai com dois colegas de trabalho a um bar com música ao vivo e tem uma ideia. No dia seguinte ele volta com um violão e decide tocar uma música do filho. O público não dá atenção, porém o jovem Quentin (Anton Yelchin) fica empolgado, se aproxima de Sam querendo saber se ele tem outras músicas e se deseja tocar junto. É o início de uma inusitada amizade entre dois sujeitos que precisam encontrar o caminho na vida. 

O ótimo ator William H. Macy tinha no currículo como diretor apenas um filme para tv nos anos oitenta e aqui surpreende ao entregar uma sensível história de perda, amizade e esperança. É interessante também a surpresa que o roteiro revela na metade do filme, que dá a dimensão real da tragédia enfrentada por Sam e por sua ex-esposa. 

Por sinal, a interpretação de Billy Crudup é um dos pontos altos do longa, voltando a um papel de músico, assim como no ótimo “Quase Famosos”, mesmo que aqui seja uma forma de renascer, não uma diversão. O jovem Anton Yelchin também defende bem o papel do confuso Quentin. Por sinal, os dois atores aparentemente cantam e tocam algumas músicas. 

A ótima trilha sonora com músicas que misturam rock e melancolia é outro grande acerto. 

É um filme pequeno que merece ser descoberto.

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