segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Documento Holcroft & The Whistle Blower


O Documento Holcroft (The Holcroft Covenant, Inglaterra / EUA, 1985) – Nota 7
Direção – John Frankenheimer
Elenco – Michael Caine, Anthony Andrews, Victoria Tennant, Lilli Palmer, Michael Lonsdale, Mario Adorf.

Baseado num best seller de Robert Ludlum, autor da “Trilogia Bourne”, a trama tem como protagonista o arquiteto Noel Holcroft (Michael Caine), que após a morte do pai, descobre ter como herança uma fortuna em bancos suíços junto com outras duas pessoas, sendo que os três são filhos de generais nazistas que conspiraram contra Hitler e fizeram um pacto para suas famílias ficarem com o dinheiro roubado do Terceiro Reich. Para receber a herança, que está em nome de uma fundação que terá de administrar, Holcroft é obrigado a localizar os outros dois herdeiros. Assim que inicia a busca, ele passa a ser perseguido por estranhos que sabem da fortuna. 

A complexa trama que passa por vários países era especialidade do falecido escritor Ludlum, como a citada série Bourne e o esquecido “O Casal Osterman” de Sam Peckinpah. Filmes mais novos como “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios” tem o mesmo estilo. Muito provavelmente o escritor Dan Brown utilizou os livros de Ludlum como fonte de pesquisa para suas obras. 

Os pontos altos deste “O Documento Holcroft” são o bom ritmo da narrativa, as interessantes cenas de suspense, a direção firme de John Frankenheimer e o sempre competente Michael Caine como o protagonista. 

É um bom filme de suspense hoje praticamente esquecido.

The Whistle Blower (The Whistle Blower, Inglaterra, 1986) – Nota 6
Direção – Simon Langton
Elenco – Michael Caine, James Fox, Nigel Havers, John Gielgud, Felicity Dean, Barry Foster, Gordon Jackson.

Frank Jones (Michael Caine) é um veterano da marinha inglesa que fica preocupado após visitar o filho Bob (Nigel Havers), que é especialista em línguas, principalmente em russo. Bob trabalha em um órgão do governo responsável por monitorar atividades russas pela Europa. O trabalho de Bob é traduzir mensagens interceptadas pelo serviço de espionagem. Desmotivado com o trabalho, principalmente com os superiores que obrigam os funcionários a espionarem uns aos outros, ele pensa em pedir demissão, sem saber que está sendo alvo de uma investigação interna. 

Produzido nos anos oitenta, quando a Guerra Fria estava nos últimos dias, este longa tem todo o estilo das produções do gênero dos anos sessenta. O que a princípio poderia ser interessante, se perde na narrativa fria e irregular, na trama confusa e na falta de cenas de ação ou suspense, inclusive sem um clímax. 

O destaque fica para Michael Caine, competente no papel do sujeito que demonstra lealdade ao país, mas que descobre da pior forma possível toda sujeira dos bastidores do poder.

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