sábado, 7 de novembro de 2015

Dope

Dope (Dope, EUA, 2015) – Nota 7,5
Direção – Rick Famuyiwa
Elenco – Shameik Moore, Toni Revolori, Kiersey Clemons, Kimberly Elise, Keith Stanfield, Blake Anderson, Rakim Mayers “A$ap Rocky”, Zoe Kravitz, De’aundre Bonds, Chanel Iman, Quincy Brown, Roger Guenveur Smith, Forest Whitaker.

Malcolm (Shameik Moore), Jib (Toni Revolori) e Diggy (Kiersey Clemons) são adolescentes que estão no último ano de colégio e pretendem entrar na universidade. A dificuldade encontrada por estes jovens é que eles vivem no violento bairro de Inglewood em Los Angeles. 

Verdadeiros geeks que se vestem e cortam o cabelo como se estivessem nos anos noventa e ainda curtem o hip-hop da época, o trio é visto como pessoas diferentes da maioria dos jovens do bairro. 

Quando Malcolm fica atraído pelo namorada de um jovem traficante e acaba convidado pela garota para ir a festa de aniversário do sujeito, ele e os amigos não imaginam que serão testemunhas de um tiroteio. Após fugirem da confusão, Malcolm descobre que alguém colocou vários pacotes de drogas em sua mochila. 

Quando o então jovem diretor John Singleton estreou aos vinte e três anos comandando “Boyz'n the Hood - Os Donos da Rua”, ele não imaginava que estaria criando um novo gênero, o de filmes sobre os bairros pobres de Los Angeles. 

O diretor Rick Famuyiwa bebe na fonte da obra de Singleton para criar uma história com a cara dos dias atuais. Diferente do longa de 1991, que era uma drama violento e pesado, aqui a violência se mistura a esperança de uma vida melhor, até mesmo utilizando toques de comédia em algumas sequências, dando um ar mais leve para narrativa. 

O trio de jovens retratados aqui são pessoas normais, que sofrem pela violência ao redor, mas que levam uma vida correta e acabam envolvidos com traficantes por conta do destino. 

É interessante também a forma como o roteiro faz com que os jovens resolvam a situação, utilizando seu conhecimento de tecnologia e fugindo dos clichês do gênero. 

Vale destacar a atuação espontânea do trio principal e a narração de Forest Whitaker.

Como curiosidade, no início do filme surge na tela uma explicação sobre a palavra dope. Uma gíria que pode significar drogas, sujeito drogado ou ainda uma pessoa ingênua.

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