sábado, 28 de janeiro de 2017

A Bruxa de Blair (1999 & 2016)


A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, EUA, 1999) – Nota 6
Direção – Daniel Myrick & Eduardo Sanchez
Elenco – Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard.

Três estudantes de cinema (Heather Donahue, Michael C. Williams e Joshua Leonard) viajam até a floresta de Burkittsville com o objetivo de filmar um documentário sobra a lenda da “Bruxa de Blair”. De acordo com a lenda, na década de quarenta um sujeito assassinou sete crianças na região e ao ser preso alegou ter sido possuído pelo espírito de uma bruxa. A história do documentário é contada através de fitas de vídeo que foram encontradas no local um ano depois dos acontecimentos. 

Apesar do grande sucesso, este longa deve ser lembrado muito mais por ter sido o primeiro a explorar a internet para chamar a atenção do público, mostrando a força da ferramenta que na época atingia um parcela pequena da população e também quase que por criar o estilo “câmera na mão”, hoje copiado a exaustão, muitas vezes com melhor qualidade. 

Para quem não viveu a época ou não se lembra, a história que se espalhou pela internet é que as fitas utilizadas no filme eram reais, o que atraiu a curiosidade de muita gente. 

Eu considero um filme cansativo e com uma história fraca. A câmera tremendo em meio a escuridão por boa parte do longa não me agrada. Vejo como um produto de marketing que deu certo naquele momento e nada mais. Por sinal, dos envolvidos no projeto, apenas o ator Joshua Leonard conseguiu seguir uma carreira razoável, os demais ficaram pelo caminho. 

Bruxa de Blair (Blair Witch, EUA / Canadá, 2016) – Nota 5
Direção – Adam Wingard
Elenco – James Allen McCune, Callie Hernandez, Corbin Reid, Brandon Scott, Wes Robinson, Valorie Curry.

Quinze anos após os acontecimentos do filme original, o irmão da garota que desapareceu com os dois amigos (James Allen McCune) encontra uma vídeo na internet que pode ser uma pista para descobrir o paradeiro da irmã. Junto com a namorada e um casal de amigos, James vai ao encontro de outro casal que teria postado o vídeo. Com o grupo montado, eles seguem para a floresta de Burkittsville. Logo na primeira noite, fatos estranhos começam a ocorrer e eles descobrem estarem perdidos no meio do nada. 

Esta sequência tardia do filme de 1999 pouco acrescenta ao original, que na minha opinião já não era um grande filme. Até a metade da história, o roteiro explora os clichês dos filmes de terror adolescente, através de conflitos entre os personagens e pequenos sustos. A parte final tenta copiar o estilo do original, através do desespero dos personagens em meio a escuridão, com imagens captadas em câmeras manuais. Se não tivesse o selo da franquia, com certeza seria apenas um filme B de terror e suspense, igual a muitos que são produzidos anualmente.

5 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não consigo gostar desse estilo de filmes, porque eu não consigo entender que "espíritos" só apareçam na escuridão.
E que alguém vá caçar "espíritos" sem acender luzes.
O filme é bem conhecido.
Não conheço esses atores.

Pedrita disse...

eu só vi o primeiro. muito fraquinho. lembro o furor na época. tinha muita expectativa. para quem acompanhou o cinema novo no brasil, parece simplório demais bruxa de blair. o segundo não verei nem por decreto. beijos, pedrita

Hugo disse...

Liliane - Existem muitas filmes de terror e suspense com espíritos que são bem legais. Estes dois que comentei aqui tem mais marketing do que qualidade.

Pedrita - O original fez barulho e soube utilizar a internet para despertar a curiosidade no público.

Bjos

Amanda Aouad disse...

Eu gostei um pouco mais do primeiro e talvez por isso o segundo (na verdade, terceiro da série) tenha me desagradado mais. Eu acho que o filme de 99 consegue uma tensão genuína que esse aqui nem chega perto. A maneira caseira, quase tosca de filmagem dá uma veracidade à trama que me pegou na época. Depois, o "gênero" cansou. E esse agora só faz repetir fórmulas.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Eu nem considerei a sequência do original produzido um anos depois.

Por mais que o primeira tenha explorado algo original, não entrei no clima. Fiquei mais incomodado com a câmera do que assustado...rs

Bjos